Do que não se sabe nem se desconfia
É feita a magia das coisas e do tempo.
Há um alento que nos move sem sentido
Em busca do perdido e do oculto,
Mas, o vulto da morte, e sua foice, surge
Como um coice, na colheita implacável
E o viável é só, a mudez, o silêncio, o pó
Embora, lá fora, a vida continue
A desenrolar o interminável nó.
(Do livro Alquimia da Vida)
1 comment:
O poema é tão perfeito que a morte surge literalmente no meio dele, como um coice! Maravilhoso.
Obrigada
Beijos
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