Porque não fui à praia
o mundo desabou.
Sou sim, Jonathan, o teu carrasco
E te ofereço meus mais
lindos pensamentos:
És uma mula sem cabeça,
És uma oradora pra repolhos,
És uma assassina mental,
És uma monja
Cuja maior santidade
É ficar produzindo imagens eróticas
nas horas mais frias.
Amélia me diz: “Deus é um vinho,
está aqui no copo em que bebo.
Eu sou um bêbado puro”.
E, imediatamente, passa a beber água
Com inesperada incerteza decreta:
“Nós não temos salvação
porque estamos sóbrios”.
Não tenho o coração de Amélia
E estou sempre perto do álcool
E, por conseqüência, das mulheres
Que se enganam com minha luz,
Pois o brilho que aparento
é o da embriaguez....
O amor é como a ressaca.
O travo de quem vive
Na santidade mais rigorosa,
Por isto o ridículo do que sou
me absolve
E meu desejo,
Como uma estrela cadente.
é fulgáz.
Só os erros suportam meu mundo.
E quando se amontoam
Chegou a um tempo onde viver
Significar juntar os pedaços
de mim mesmo
E não inventaram um boa cola
Para os cacos de alma.
Não tente explicar
(Até porque intelectuais de gelatina
Não tem cérebros).
O que não tem explicação:
Aqui tudo está claro
E nada se entende.
Pode me fitar que uso
óculos escuros-
E no escuro gozo-
Só para esconder
Os buracos do coração,
Enormes e vazios,
Onde a menina caiu.
Sou teu vazio
Ou teu buraco negro?
Que importa o enredo?
O que importa é a emoção.
Calma que se chega lá.
Ainda não é a hora....
(A pintura é da artista plástica argentina Jacqueline Klein- www.interarteonline.com/jacqueline_klein/)
1 comment:
Olá Silvio!!!
É claro que pode me linkar, aliás, vai ser uma grande honra!
Vou fazer o mesmo no meu blog.
Um beijo
Clau
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