Sunday, November 27, 2005

QUASE DEZEMBRO

Bem sei: as águas não são as de março
Nem mesmo o mormaço, de fevereiro,

tão longe vai janeiro e já foi maio
e junho se perdeu bem no começo

de um julho que se fez, logo agosto, e
Então setembro se foi leve, ligeiro

Como outubro, alazão, fogoso baio,
que correu para novembro, velozmente,

Este corre e sacode o meu viver galope,
como o zunir de fulminante golpe,
Nas fulgurantes árvores de natal
Relembrando a pequenez da vida tão mortal
E, caio em mim, passou um ano...assim...
E lá vão os sonhos, os dias, o ano.

Dezembro teu nome é desengano!

1 comment:

Lia Noronha said...

Silvio: o tempo escoando em nossas vidas...e chega a vontade de fazer tudo ao mesmo tempo...
Amei a poesia...beijos carinhosos e saudosos.