Retalhos
Não esperarei mais por tua volta.
A porta está aberta, a fechadura destravada,
Mas as dores do passado estão mortas.
Nem sei se terei mais alegria
Na tua companhia. E se chegas serás uma incógnita
Depois de tantos dias de silêncio e esquecimento.
Serás, por acaso, a mesma nos carinhos e beijos?
Ou, pelos caminhos, na busca de esperança,
Em imaginários desejos e lábios outra se fez?
Nem sempre depois da tempestade a vida recompõe
O que as águas e os ventos destruiu. São fatos.
O que as águas e os ventos destruiu. São fatos.
A passagem pode não ser visível e ser mortal.
Na realidade do viver se afoga a utopia
E o ponto na distância some, ou se agiganta,
Dependendo do olhar. Talvez não haja o que restaurar...
Talvez quando voltares se rasgue a fantasia,
Todo o passado, seja um mundo fictício; o amor, um vício.
Nosso romance, uma mera ilusão.
Não esperarei tua chegada... partido estou na partida.
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