Orácion desesperada
Carlos Gargallo
El verso silencioso, es la noche,
Carlos Gargallo
El verso silencioso, es la noche,
la noche con alas de plata
rompe el corazón a borbotones
con esbelta sombra dulce
de fantasma
-hallazgo imprevisto de un destino
sin tu corona de espinas-.
Aunque a muchos sorprenda:Te amo.
Te amo porque no te veo
y bebo tu sangre cada día,
la encuentro en el pecho
del niño en la cuneta
con su fusil encima,
en otras mujeres
que no tienen escaparates
para asomar su mirada,
en tantos, en tantos
que si pensara que no estás ahí,
en la noche, en el día,
en los confines al menos,
creo que te inventaría.
Sé resurrección, o lo que quieras,
pero quédate en este mundo,
aquí es donde haces falta.
Oração desesperada
O verso silencioso é a noite,
a noite com as asas de prata
que rompe o coração aos borbotões
com uma esbelta sombra doce
de fantasma -achado imprevisto
de um destino sem tua coroa de espinhos-
Ainda que a muitos surpreenda:
Te amo.
Te amo porque não te vejo
e bebo teu sangue em cada dia,
a encontro no peito
da criança na sarjeta
com o fuzil em cima,
em outras mulheres
que não tem vitrines
Para serem olhadas
tanto, tanto
que se pensa que não estais aí,
na noite, no dia,
nos confins ao menos,
creio que te inventaria.
Se ressurreição ou o que queiras,
Porém, ficas neste mundo,
Aqui é onde fazes falta.
O verso silencioso é a noite,
a noite com as asas de prata
que rompe o coração aos borbotões
com uma esbelta sombra doce
de fantasma -achado imprevisto
de um destino sem tua coroa de espinhos-
Ainda que a muitos surpreenda:
Te amo.
Te amo porque não te vejo
e bebo teu sangue em cada dia,
a encontro no peito
da criança na sarjeta
com o fuzil em cima,
em outras mulheres
que não tem vitrines
Para serem olhadas
tanto, tanto
que se pensa que não estais aí,
na noite, no dia,
nos confins ao menos,
creio que te inventaria.
Se ressurreição ou o que queiras,
Porém, ficas neste mundo,
Aqui é onde fazes falta.
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