CANÇÃO DO TEMPOTranquila dormia suavemente
Até seu respirar era melodia
E ao vê-la ali tão bela, de repente
Cheguei mesmo a pensar ser fantasia.
Tão perto fiquei dela...ela dormia
Cabelos soltos sobre a almofada
Ainda mais me convenci não existia
Uma mulher assim era uma fada.
E se sonhava quem o saberia?
Perdia-se a noção ao observá-la,
Pois, sua beleza plena de magia,
Inundava os meus olhos, toda a sala.
Mas, de nada ela sabia adormecida
No seu sono de toda a eternidade.
Chorei por ela, por mim e pela vida
Tanta beleza hoje, amanhã saudade!
Do livro
Apocalypse, São Paulo, Zanzalás, 1982
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