Desorientación
Elías David Curiel
Desorientado en medio de la llanura
desolada, no encuentro la dirección,
pues no hay polar estrella, ni tengo brújula,
ni en el Orto sombrío despunta el Sol.
Camino largo trecho, camino mucho,
del imprevisto acaso siempre a merced;
y cuando la fatiga detiene el rumbo,
siempre en el mismo sitio me hallo de pie.
Es porque retrocedo siempre que avanzo.
Los puntos cardinales trastueca el gris
nocturno y soy peonza sobre mis pasos,
sin que del llano negro logre salir.
Fluir oigo en remota clepsidra, el agua,
muerto de sed y ardido por el calor…
Y no sé en mi extravío ni a dónde vaya,
ni en dónde estoy!
Desorientação
Desorientado no meio da planície
desolado, eu não encontro a direção.
Desorientado no meio da planície
desolado, eu não encontro a direção.
pois,
não há estrela polar, nem
tenho bússola,
nem no horizonte sombrio desponta o sol
Caminho um largo trecho, caminho muito,
do imprevisto acaso sempre à mercê;
e quando a fadiga me detém o rumo,
nem no horizonte sombrio desponta o sol
Caminho um largo trecho, caminho muito,
do imprevisto acaso sempre à mercê;
e quando a fadiga me detém o rumo,
sempre no mesmo lugar eu estou a pé.
É
porque retrocedo sempre
que avanço.
Os pontos cardeais
se transformam em cinzas
noturnas e bailam
sob meus passos
sem
que do negro plano encontre a saída.
Fluir, ouço em remota clepsidra, a água,
morto de sede e queimado pelo calor ...
E não sei, no meu extravio, aonde vou,
nem
aonde estou!
Ilustração:
itdoesn-tmatter.tumblr.com
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