Tuesday, November 03, 2015

Outra vez Mariana Colomer




EN TODO AMOR HAY ALGO QUE SE OCULTA

Mariana Colomer 

En todo amor hay algo que se oculta.
Si el evocado tacto y tu voz me colmaban,
ahora ansío el rostro que me niegas, 
aunque sé que goce tan pleno
no puede perdurar.
Todo lo pierdo por quererte alcanzar todo
y no saben dónde hallarte mis manos,
mariposas en busca de tu cuerpo.
Fue necesario huir hasta mis simas
para tenerte nuevamente,
o tal vez estuviste siempre en mí,
y ya no sé mirarte
con los ojos de entonces. 

Em todo amor há algo que se oculta

Em todo amor há algo que se oculta.
Se a lembrança de teu tato e de tua voz me transboradam,
agora anseio por teu rosto que me negas,
ainda sabendo que um gozo tão pleno
não pode perdurar.
Tudo perco por te querer alcançar tudo
e não sabem onde te encontrar as minhas mãos,
borboletas em busca de teu corpo.
Foi necessário afundar nos meus abismos
para te ter novamente,
ou, talvez, estivestes sempre em mim,
e já não sei te olhar
com os olhos de outrora.


Ilustração: fadasepoesias.blogspot.com

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