Jorge
Montoya Toro
No
podría encontrar la verdadera
palabra
que trazara tu figura.
Y a
veces le pregunto a mi amargura:
¿Cómo
era, Dios mío, cómo era?
¿Era
un ángel que vino en primavera
en
forma de azucena que perdura?
¿Un
poco de candor entre la impura
materia
terrenal, perecedera?
Mas
por mucho que quiero, no defino
su
encanto inmaterial, ese secreto
que
encierra su mirar esmeraldino:
Y la
llamo Azucena, Estrella, Rosa,
sin que en ningún vocablo halle completo
el
perfume de su alma misteriosa.
A
amada indefinível
Não
poderia encontrar a verdadeira
palavra
que traçara tua figura.
E,
às vezes, me pergunto em minha amargura:
-Como
era, Deus meu, como era?
Era
um anjo que veio na primavera
em
forma de açucena que perdura?
Um
pouco de candura em meio a impura
matéria
terrenal, perecedoura?
Mas,
por muito que eu queira, não defino
seu
encanto imaterial, o jeito secreto
que
encerra seu olhar esmeraldino.
E a
chamo Açucena, Estrela, Rosa
sem
que nenhum vocábulo seja completo
como
o perfume de sua alma misteriosa.
Ilustração:
arrozcomtodos.blogspot.com
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