Wednesday, November 11, 2015

Uma poesia Jorge Montoya Toro

La amada indefinible                                                       
Jorge Montoya Toro

No podría encontrar la verdadera
palabra que trazara tu figura.
Y a veces le pregunto a mi amargura:
¿Cómo era, Dios mío, cómo era?

¿Era un ángel que vino en primavera
en forma de azucena que perdura?
¿Un poco de candor entre la impura
materia terrenal, perecedera?

Mas por mucho que quiero, no defino
su encanto inmaterial, ese secreto
que encierra su mirar esmeraldino:

Y la llamo Azucena, Estrella, Rosa,
sin que en ningún vocablo halle completo
el perfume de su alma misteriosa.

A amada indefinível

Não poderia encontrar a verdadeira
palavra que traçara tua figura.
E, às vezes, me pergunto em minha amargura:
-Como era, Deus meu, como era?

Era um anjo que veio na primavera
em forma de açucena que perdura?
Um pouco de candura em meio a impura
matéria terrenal, perecedoura?

Mas, por muito que eu queira, não defino
seu encanto imaterial, o jeito secreto
que encerra seu olhar esmeraldino.

E a chamo Açucena, Estrela, Rosa
sem que nenhum vocábulo seja completo
como o perfume de sua alma misteriosa. 


Ilustração: arrozcomtodos.blogspot.com

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