Silencio
Francisco Luis Bernárdez
No
digas nada, no preguntes nada.
Cuando
quieras hablar, quédate mudo:
Que
un silencio sin fin sea tu escudo
Y
al mismo tiempo tu perfecta espada.
No
llames si la puerta está cerrada,
No
llores si el dolor es más agudo,
No
cantes si el camino es menos rudo,
No
interrogues sino con la mirada.
Y
en la calma profunda y transparente
Que
poco a poco y silenciosamente
Inundará
tu pecho de este modo,
Sentirás
el latido enamorado
Con
que tu corazón recuperado
Te
irá diciendo todo, todo, todo.
Silêncio
Não
digas nada, não perguntes nada.
Quando
quiseres falar, queda-te mudo:
Que
um silêncio sem fim seja teu escudo
E,
ao mesmo tempo, tua perfeita espada.
Não
chames se a porta está fechada,
Não
chores se a dor for mais dolorosa
Não
cantes se a estrada é menos penosa
Não
interrogues senão com uma olhada.
E
na calma profunda e transparente
Que,
pouco a pouco, e silenciosamente
Inundará
teu peito deste modo
Sentirás
o palpitar enamorado
Com
que teu coração recuperado
Te
irá dizendo tudo, tudo, tudo!
Ilustração:
obviousmag.org
1 comment:
Es un poema muy bello y con un profundo mensaje.
Abrazos.
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