Eu só não tive a sorte,
Mas,
sempre desejei ser um índio,
daqueles
norte-americanos,
donos
de cassinos,
riquíssimos
e de aviões próprios,
seis
esposas como ópio,
e
forma de sonhar,
antes
do narguilé experimentar.
Eu
sempre quis ser um índio
para
beber guaraná
até
me empanturrar
e
de chocolate me lambuzar
andando
nu,
num
hotel de cinco estrelas,
em
Paris, Mumbai ou Zanzibar
que
pode ser tudo igual
depois
de se embriagar.
Eu
sempre quis ser um índio,
principalmente,
para
te mostrar
como
posso ser selvagem
na
minha maneira bruta,
primitiva
e natural
de
te amar.
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