que
não escuto tua voz;
que
não conheço teus passos,
nem
teu corpo,
na
escuridão que nos encobre
nas
nossas noites de amor.
Mas,
sei que tu sabes
e,
mais ainda sei,
que
passarão esses tempos loucos,
dos
quais não podemos fugir,
e
nos veremos, amanhã,
no
brilho da manhã,
com
os mesmos rostos,
que,
mudos na escuridão,
disseram
coisas de amor,
que
nenhuma a luz, em todo o seu esplendor,
poderia
iluminar tanto o mundo.
Ilustração: confrariadossentimentos.zip.net
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