Maria
Luisa Spaziani
Solitudine
mia, ardente, amarga.
Mio
vizio assurdo, ostia folgorante,
astro
levato sull’empio deserto
del
gesto qye disfoglia le parole
com
una rosa i petali. Vicino
si
profila l’inverno. Tratte in secco
son
da tempo la reti. Sopra il Pincio
che
i fantasmi disertano, la vedi
questa
rotta de sfatti galeoni,
draghi
morenti che trasudan l’indaco
sugli
angeli barocchi?
L’ombra
ne avanza, entrambi ora ci tocca,
complici
e sposi, rami bipartiti
di
un’unica radice, stelle opposte,
nelle
case discoste ricoprendoci
come
um tempo il lenzuolo.
OS DRAGÕES ESTÃO MORRENDO
Solidão
minha, ardente, amarga.
Meu
vício absurdo, hóstia fulgurante,
astro
elevado sobre o deserto ímpio
do
gesto que desfolha a palavra
como
a uma rosa e suas pétalas. Vizinho
se
aproxima o inverno. Postas para secar
estão
as redes do tempo. Sopra no monte
onde
os fantasmas desertam, e se divisa
esta
rota de vencidos galeões,
de
dragões morrendo que transpiram azul
sobre
os anjos barrocos?
A
sombra avança, e em nenhum dos dois toca,
cúmplices
e esposos, ramos bipartidos
de
uma única raiz, estrelas opostas,
em
casas separadas cobrindo-nos
como
num tempo de florestas.
Ilustração:
www.rederpg.com.br
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