Imagino
sempre
lugares
que não existem,
espaços
que os olhos não podem ver,
rios
que não correm para o mar
e
se perdem em horizontes
que
ninguém sabe onde estão.
Não
me apresso!
Meu
pobre coração
que
desejava ser azul
parece
não bater,
ao
ritmo de uma música clássica suave,
comprimido
pelo peso da vida,
que,
na sua repetição, me deixa com as mãos vazias
e
a memória dos tempos felizes,
de
canções e amores perdidos.
Cada
momento
é
como se fosse uma onda
que
deságua no invisível,
no
indizível, no indecifrável,
na
esperança inalcançável,
na
água imensa da longa noite eterna
–
morto ainda vivo
persisto em
busca da ilusão perdida
e, apesar de tudo,
na minha eterna fantasia
finjo que a vida tem alegria.
Ilustração:
Dm.
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