Amo
a brancura de tua pele
como
me fere,
com
a doce entrega
do
azul do bico de teus seios,
fontes
de mel, nascedouro de prazeres,
porto
de precipícios, criadouro de desejos,
brinquedos
lúdicos de sonhos infantis.
Ainda
sinto os teus beijos....
Tua
boca ainda passeia no meu sono
e
ainda guardo os ardores insaciados
de
desejos guardados
que
soltos se expandirão
pela
mansidão leitosa de tua pele
e
ainda estão flutuando atrás de ti,
como
fantasmas de paixão
que
rondam terras desconhecidas
em
busca da flor do gozo
que
guardas entre as pernas
nos
campos brancos de neves,
onde
vicejam guardas filiformes, pelos negros,
onde
nunca aportaram
os
pingos de minha língua
seca
ainda, chorosa, à míngua
do
sêmen que há de brotar,
do
germinar sem fim
do
amor que há em ti,
em
mim
e
quer te ver esposa, menina, mulher
a
gemer, gritar, escandalizar
ao
dizer
que,
no teu corpo, existe vida sim,
que
te guardaste tanto tempo,
de
modo quase santo,
a
esperar por uma festa assim,
a
esperar por quem te desse tanto amor,
a
esperar a festa que chegou,
a
esperar por mim!
Ilustração:
Tours & Tickets.
No comments:
Post a Comment