exceto
seguir adiante,
comer
o que puder, inclusive as sobras
e
rezar para escapar das cobras,
dos
mosquitos, do calor escaldante.
Não
há nada para fazer na floresta,
talvez
seguir, na trilha, o mateiro
até
mesmo quando a noite desce,
os
medos aumentam, o frio aparece,
porém,
nada flui ligeiro.
Não
há nada para fazer na floresta,
afora
se acostumar com a repetição
de
troncos, folhas, suor e águas escuras,
de
paisagens inóspitas, das vidas duras
de
quem quer mesmo é ter salvação.
Não
há nada para fazer na floresta,
salvo
se manter ileso e viver
cada
centímetro examinando
e
seguir em frente, andando,
até
onde se possa sair e sobreviver.
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