Eu como médico e você como paciente
Em nossa sala privada, sem mais delongas
Não há espaço para cerimônias, a verdade conte
E se desnude e conte a história sem milongas.
Eu sei que há um segredo e não divago
Que nunca ousou contar para ninguém
Você olha para mim com um olhar vago
Mas estou para ouvir e ser apoio que tem
Você o matou, eu sei disso por entender
E no seu próprio remorso vive a se ferir
Não há mais tempo para negar ou esconder
Então, por que não se libertar e se abrir?
Diga-me tudo o que você escondeu
Seja sincera e não tenha medo
Eu sou um médico, não percebeu
que sou um amigo e o que ouvir é segredo
Não há julgamento ou punição de minha parte
Apenas uma orelha atenta e uma mente aberta
Então, se liberte e a sua dor comigo reparte
Que, no final, isto é tudo o que, na real, importa.
Depois saio eu e sai você e tudo se fecha como a
porta!
Ilustração: istockphoto.
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