Friday, September 08, 2023

Uma poesia de Carmen Giménez

 

ODE TO PEOPLE WHO HATE ME

 

Carmen Giménez

 

I hate being hated even though I 
provoke it, not by committing major wrongs 
like murder, more like a regular 
pattern of being selfish or forgetful, 
which is another word for selfish. 
If you hate me, trust me I know-
in fact, I have a ledger of people, like you, 
who hate me, and I rifle through it every 
morning obsessing over the names more 
than they think about mine-a passing 
thought, a microsecond of dislike or worse, 
indifference like the Godzilla rays of fire 
I feel buzz out of your eyes when 
you scroll past my pictures on Instagram. 
I should focus on the people who love me,
every therapist I ever had has told me so, 
but I don’t need them to love me more, 
so that’s pointless. If we hate each other, 
I assure you my hate has a trace of love 
with a dash of hope. It’s the throbbing 
contradiction of hate’s dark thrall. 

ODE AO POVO QUE ME ODEIA

Eu odeio ser odiado mesmo que eu

provoque isto, não por cometer maiores erros

como assassinato, mais como um regular

padrão de ser egoísta ou esquecido,

que é um outro termo para egoísta.

Se você me odeia, confie em mim, eu sei-

na verdade, tenho um livro razão de pessoas, como você,

que me odeiam, e eu vasculho isto a cada

manhã obcecado pelos nomes dos que mais

pensam sobre mim - uma passagem

pensamento, um microssegundo de antipatia ou pior,

indiferença como os raios de fogo de Godzilla.

Eu sinto um zumbido nos seus olhos quando

passam pelas minhas fotos no Instagram.

Eu deveria me concentrar nas pessoas que me amam,

todo terapeuta que já tive me disse isto,

mas não preciso que me amem mais,

então isto é inútil. Se nos odiarmos,

lhe asseguro que meu ódio tem um traço de amor

com uma pitada de esperança. É o latejar

contraditório da escravidão sombria do ódio.

Ilustração: iFunny Brazil. 

 

 

 

 

 

 

BREATH FOR METAL

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