Monday, September 11, 2023

Uma poesia de Salomón de la Selva

 


TROPICAL TOWN

 

Salomón de la Selva

 

For Miss Eugenia L. V. Geisenheimer

Blue, pink, and yellow houses, and, afar,
The cemetery, where the green trees are.

Sometimes you see a hungry dog pass by,
And there are always buzzards in the sky.
Sometimes you hear the big cathedral bell,
A blindman rings it; and sometimes you hear
A rumbling ox-cart that brings wood to sell.
Else nothing ever breaks the ancient spell
That holds the town asleep, save, once a year,
The Easter festival . . .
                                                I come from there,
And when I tire of hoping, and despair
Is heavy over me, my thoughts go far,
Beyond that length of lazy street, to where 
The lonely green trees and the white graves are.

CIDADE TROPICAL

Casas azuis, rosa e amarelas e, ao longe,

O cemitério, onde as árvores verdes estão.

Às vezes você vê um cachorro faminto passando,

E sempre há urubus no céu.

Às vezes você ouve o sino da grande catedral,

Um cego toca; e às vezes você ouve

Um barulhento carro de boi que traz madeira para vender.

Caso contrário, nada quebra o feitiço antigo

Que mantém a cidade adormecida, exceto, uma vez por ano,

A festa da Páscoa. . .

                                                 Eu venho de lá,

E quando eu me cansar de esperar e me desesperar

E pesa sobre mim, meus pensamentos vão longe,

Além daquela extensão de rua preguiçosa, lá onde

As solitárias  árvores verdes e os túmulos brancos estão.

Ilustração: Pxfuel.



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