Monday, September 18, 2023

Uma poesia de Laurie Sheck

 


WHAT IS THE DIFFERENCE

Laurie Sheck

Stein asked what is the difference. She did not ask what is the sameness. Did not ask what like is. Or proximity.  Resemblance. Did not ask what child of what patriarch what height what depth didn’t use a question mark but still wondered at the difference what mutinies it carries over what vast Arctic what far shore.

What is the difference between blind and bond. Between desk and red. Between capsize and sail. Between commodity and question. A lively thing, a fractured thing. To smile at the difference.

(Such gray clouds passing over. Thick, wet sky.)

What is the difference between mutiny and dust. Between noose and edge. Between brittle and obey.

Between shunned and stun. What is the difference.

As now, Mary Shelley’s monster flees to the north, his sack of books his lone companions.

QUAL A DIFERENÇA

Stein perguntou qual é a diferença. Ela não perguntou o que é a mesmice. Não perguntei como é. Ou proximidade. Semelhança. Não perguntei qual filho de qual patriarca, qual altura, qual profundidade, não usei um ponto de interrogação, porém ainda me perguntei a diferença entre os motins que ele carrega, em que vasto Ártico, em que costa distante.

 

Qual é a diferença entre cego e vínculo. Entre a mesa e o vermelho. Entre virar e navegar. Entre mercadoria e questão. Uma coisa viva, uma coisa fraturada. Sorrir com a diferença.

 

(Como as nuvens cinzentas passando. Céu espesso e úmido.)

 

Qual é a diferença entre revolta e poeira. Entre o laço e a borda. Entre frágil e obedecer.

 

Entre evitado e espantado. Qual é a diferença.

 

Como agora, o monstro de Mary Shelley foge para o norte, e seu saco de livros são seus companheiros solitários.

Ilustração: Vittude.

No comments: