DE LAS COSAS QUE ARDEN NO QUEDA
SINO EL SOL
Aitana Monzón
I
exterior.
octubre
pero
no acude el cierzo ni el panizo.
me
he ido con la luz
serena
de algún corzo
amaestrado
en su derrota.
II
porque
el salmo finisce
y
no hay otra virtud
que
suceder.
nunca
hubo otro cuerpo
que
no fuera ascensión.
de
tanto por arder,
solo
mis manos cóncavas
que
todo lo repiten.
III
a
callarse otra vez,
a
darse desde fuera sin preguntas.
lo
que aquí veis
de
mí es una falta
-no
se ve lo perdido-.
para
qué esa palabra
que
nada puede urdir.
IV
e
tutto ciò che vi assedia
brucerà
—tranne
i
vostri occhi.
[Pavese]
DAS COISAS QUE QUEIMAM SÓ RESTA O
SOL
I
Exterior. Outubro
porém o vento e o milho não vêm.
Fui com a luz
serena de algum veado
treinado em sua derrota.
II
porque o salmo termina
e não há outra virtude
o que suceder.
nunca houve outro corpo
que não fosse ascensão.
de tanto queimar,
somente minhas mãos côncavas
que tudo repetem.
III
calar outra vez,
estar de fora sem perguntas.
o que aqui vês
de mim é uma falta
- não se vê o perdido.
para que essa palavra
que nada pode urdir.
IV
e tudo que vi te cerca
vai queimar-exceto
teus olhos.
[Pavese]
Ilustração: thirstymag.com.
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