S / T
Carlos Oliva
Tu tesoro, Carlos Oliva, es el amor que perdiste
en tus manos de navegante ebrio,
de náufrago sobre un tronco a la deriva,
de marino agotado de tanto nadar contra la corriente,
para llegar tenuemente hacia la reseca.
Mi poesía en sí no tiene nada que ver con la poesía:es un clamor de condenado.
Es una protesta, pero esta protesta es principalmente contra mí mismo.
El canto por el canto en sí no existe (ni siquiera en los pájaros).
El objeto de mi canto –lo que sea- es el de liberarme de mí mismo,
negarme a mí mismo, es decir salvarme a mí mismo.
De mi propia autodestrucción que está a punto de desintegrar mi vida.
Es una protesta contra mi condición humana, narcisista y sórdida y decadente.
S / T
Teu tesouro, Carlos Oliva, é o amor que perdestes nas tuas mãos
de navegante ébrio, de náufrago sobre um tronco à deriva,
de marinheiro esgotado de nadar contra a corrente,
para chegar tenuemente à ressaca.
Minha poesia em si não tem nada que ver com a poesia: é um clamor de condenado.
É um protesto, mas este protesto é principalmente contra mim mesmo.
O canto pelo canto em si não existe (nem sequer nos pássaros).
O objeto de meu canto –o que quer que seja- é o de libertar-me de mim mesmo,
negar a mim mesmo, quer dizer me salvar de mim mesmo.
De minha própria autodestruição que está a ponto de desintegrar minha vida.
É um protesto contra minha condição humana, narcisista e sórdida e decadente.
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