Salvador Novo
Si yo tuviera tiempo, escribiría
mis memorias en libros minuciosos;
retratos de políticos famosos,
gente encumbrada, sabia y de valía.
¡Un Proust que vive en México! Y haría
por sus hojas pasar los deliciosos
y prohibidos idilios silenciosos
de un chofer, de un ladrón, de un policía.
Pero no puede ser, porque juiciosa-
mente pasa la doble vida mía
en su sitio poniendo cada cosa.
Que los sabios disponen de mi día,
y me aguarda en la noche clamorosa
la renovada sed de un policía.
SONETO IMPOSSIBILITADO
Se eu tivesse tempo escreveria
Minhas memórias em livros minuciosos;
Retratos de políticos famosos,
Pessoas renomadas, sábias e de valia.
Um Proust que vive no México. E faria
Por suas páginas passar deliciosos
E proibidos idílios silenciosos
De um chofer, de um ladrão, de um polícia
Porém não pode ser, porque judiciosa-
Mente a minha dupla vida vive
Em cada lugar pondo cada coisa.
Que os sábios disponham do dia que tive
Já que me aguarda na noite gloriosa
A renovada sede de um grande detetive.
Se eu tivesse tempo escreveria
Minhas memórias em livros minuciosos;
Retratos de políticos famosos,
Pessoas renomadas, sábias e de valia.
Um Proust que vive no México. E faria
Por suas páginas passar deliciosos
E proibidos idílios silenciosos
De um chofer, de um ladrão, de um polícia
Porém não pode ser, porque judiciosa-
Mente a minha dupla vida vive
Em cada lugar pondo cada coisa.
Que os sábios disponham do dia que tive
Já que me aguarda na noite gloriosa
A renovada sede de um grande detetive.
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