Ana
Merino
Respira
y
deja que te habite
ese
cosquilleo
que
cruza el umbral de tu puerta,
deja
que germine
esa
sensación
de
deseo enhebrado
que
hoy te espía
y
se alimenta de tu extrañeza
y
brota de la curiosidad
como
si fuese
el
espejismo puro
de
una niñez perdida
que
dibuja en silencio
la
frágil silueta de tu sombra.
Deja
que se enrede en tus miedos
que
se refleje en ti
como
un cometa helado
para
que su rastro
se
fabrique con tu aliento
y
exista porque quieres
anudar
el lenguaje sigiloso de su cuerpo
sin
que apenas se inmute
el
surco cotidiano de las cosas.
Deja
que nazca
para
que pueda recordarte
y
su amor se parezca
al
vértigo secreto de la vida
y
aprenda a conformarse
con
un sorbo de tiempo disfrazado
de
muchas despedidas.
TERAPIA DO ADEUS
Respira
e
deixa que te habite
que
te faça cócegas
que
cruze o limiar de tua porta,
deixa
germinar
esse
sentimento
de
emaranhado
de
quem hoje te espia
e
se alimenta de sua estranheza
e
brota da curiosidade
como
se fosse
a
miragem pura
de
uma infância perdida
que
desenha em silêncio
a
silhueta frágil da sua sombra.
Deixe
que se emaranhe em seus medos
que
se reflita em ti
como
um cometa gelada
de
modo que seu traço
seja
feito com tua respiração
e
exista porque você quer
enrole
a linguagem secreta do seu corpo
sem
que se modifique
o
sulco cotidiano das coisas.
Deixe
que nasça
para
que possa me lembrar de você
e
seu amor se pareça
com
a vertigem secreta da vida
e
aprenda a se conformar
com
um gole do tempo disfarçado
de
muitas despedidas.
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