Ana Merino
Quedarme
en casa,
sumergida
en los pliegues de las horas,
y
no esperar a nadie.
Que
los ojos escuchen
y
se olviden del mundo.
Que
me arrope el silencio
y
respire en mi nuca
su
suave indiferencia.
Que
vivir sea esto,
sin
palabras de aguja
ni
rodillas de llanto,
con
el tiempo desnudo al borde de la cama
y
mi boca dormida en su tímido beso.
FICAR EM CASA
Ficar
em casa,
submersa
nas dobras das horas,
e
não esperar por ninguém.
Que
os olhos escutem
e
se esqueçam do mundo.
Quem
me cerque o silêncio
e
respire em minha nuca
sua
suave indiferença.
Que
viver seja isto,
sem
palavras de agulha
sem
joelhos de pranto,
com
o tempo nua na beira da cama
e
minha boca adormecida em seu tímido beijo.
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