A beleza, a poesia, a vida incerta,
na liquidez concreta
envolvente, inexata, esperta,
calma, simples e real
da mansidão concreta
que nos desconcerta
do Saco de Mamanguá,
onde mata há,
água, pedra, pureza,
sutileza
no seu lento desaguar.
Água, céu, azul, amarelada
água, caudas de peixes,
pontas de pedras, roxa flor,
coqueiros, sombras, matizes,
amor e água,
mais que água,
e água, muita há,
no barco, vago, a deslizar,
se espreguiçar
na amplidão revista,
prevista,
na doce vista e solidão,
difícil de se largar
do Saco de Mamanguá.
No comments:
Post a Comment