Thursday, November 23, 2017

Uma poesia de Claudia Elisabet Sastre


Mantra

Claudia Elisabet Sastre

Por qué aúlla el viento las canciones al revés?
Repite las plegarias que la prostituta reza?
antes del orgasmo?
luego de la paliza del cafiolo?                   

Qué estática electriza a la neurótica
que sufre
mientras traga sus pastillas?
y se muere?, se muere?, se muere ahora hasta la muerte?
en la hora donde el lobo de Asgard abre su boca?

Por qué las fauces no indican
ni marcan rumbo sur?
sólo oeste?, oeste helado?
morboso de tierra
inmunda bestia del averno?

La noche noche agudiza la aguja
del adicto?
trepa al espiral del propio sexo?
pero arde loca, arde fría y sola
en la mano que se toca debajo de la sábana?

Paridos en el nombre del dolor
no repetirán ese mantra amargo a los suyos

MANTRA
Por que o vento uiva as músicas ao contrário?
Repete as orações que a prostituta reza?
antes do orgasmo?
depois da surra do cafetão?

Que estática eletriza a neurótica
que sofre
enquanto engole suas pastilhas?
E se morre?, morre?, morre agora e até a hora da morte?
na hora em que o lobo de Asgard abre a boca?

Por que as mandíbulas não indicam
nem marcam o curso sul?
apenas a oeste?, o gelo frio oeste?
terra mórbida
imunda besta do submundo?

A noite, a noite aguça a agulha
do viciado?
Escala a espiral do próprio sexo?
Porém, arde louca, arde fria e só
na mão que se toca debaixo da folha?

Paridos em nome da dor
não repetirão esse mantra amargo para os seus

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