Correndo pelos campos
Com tua cabeça cortada,
Os olhos fechados que não mais enxergam,
Tento mostrar por toda a natureza
Como foi efêmera e frágil
Tua beleza.
Meus olhos marejados
Em vão tentam vislumbrar
Um futuro que sem ti não há
E no meu desespero
Penso em te plantar
Numa terra fértil
Para quem sabe, por milagre,
Possa nascer de tanta formosura
As frutas mais doces de todos os pomares.
Tropeço, e caio, tua cabeça pelos ares
Parece uma lua prestes a cair
E, talvez, seja loucura,
Mas, teus lábios entreabertos,
Mesmo sem som,
Imitam uma risada
Antes de rolar pelo pó,
Essência de nós mesmos,
Resumo de todos os nadas!
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