Eu
não gostaria de te falar das coisas que falarei.
Nem te dizer as coisas que te digo.
Mas, ser o que sou é o meu castigo.
Se
me perguntas: e amanhã?
Só
digo que não sei.
Que,
hoje, a tua pele fina, as tuas mãos macias,
o
teu sorriso doce
me
dá toda alegria que desejei.
E
olho nos teus olhos,
que
me parecem céu e mar,
o
encontro indefinível deles dois,
e
a mim mesmo me pergunto:
-o
que será depois?
E
vou em frente
com
o gosto dos teus lábios
na
minha boca
ainda
filosofando
como
a vida é pouca,
como posso estar lá e estar aqui?
como posso estar lá e estar aqui?
Como
gostaria de me dividir
para
poder sair por aí
sem
nunca ficar distante de ti...
Ilustração:
SociView.
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