Se
eu fosse um pintor
teu
corpo branco
pintaria
como
se fosse uma flor de neve,
sutil,
quase irreal, tão leve
como
a pureza e a brancura
da
alvorada
de
um dia inesquecível.
Se
eu fosse um escultor
faria
de teu corpo
um
monumento de amor
do
qual jorrariam
flocos
de prazer,
torrões
de açúcar,
com
um brilho nítido,
incomparável
que
só poderia ser teu.
Se
eu fosse um músico
faria
para o teu corpo
uma
sonata branca,
pura,
musicalmente clara,
com
uma inocência de notas
tão
cândidas
que
até os santos
se
perderiam
na
alvura de seu ritmo.
Infelizmente
não tenho nenhum talento!
Sou
apenas um viajante
por
teu corpo de leite
na
busca incansável do deleite,
vagando
por tuas curvas e saliências,
sem
mapa e sem um fio sequer,
aprendendo
na branquidão de uma mulher
o
amor, o prazer e o sonho de ser feliz e
viver!
Ilustração: Barão.
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