(cuarto
menguante)
Tino
Barriuso
Alguna
vez se había preguntado
qué
arrebato, qué bárbara osadía
condujera
aquella
mano joven
a
tanta desmesura,
a
renuncia tan ciega, tan fuera de su sitio,
tan
desalmadamente llena
de
varón:
el
no podría
renunciar
a morir
después
de haber amado tanto.
Ahora,
bajo
la luz severa del verano,
en
la ciénaga de oro
os
anuncio mi muerte
—tardará,
porque debo
hacer
algunas cosas prescindibles
que
prometí hace tiempo—.
Y
os juro por sus ojos
que
sigue siendo de oro
la
hoja de aquel árbol.
RENUNCIO À MORTE
(quarto
Minguante)
Alguma
vez já se perguntou
que
arrebatamento, que ousadia descarada
conduziu
aquela
mão jovem
a
tal excesso,
a
renúncia tão cega, tão fora do lugar,
tão
sem coração cheia
de
macheza:
ele
não podia
desistir
de morrer
depois
de haver amado tanto.
Agora
sob
a luz severa do verão,
no
pântano de ouro
os
anúncios da minha morte
-
tardarão, porque eu devo
fazer
algumas coisas indispensáveis
que
prometi faz muito tempo.
E
o juro pelos seus olhos
que
segue sendo de ouro
a
folha daquela árvore.
Ilustração:
Ministério Deus Proverá.
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