Sunday, September 05, 2021

E, de novo, Ted Hughes

 


SEPTEMBER

Ted Hughes

We sit late, watching the dark slowly unfold:

No clock counts this.

When kisses are repeated and the arms hold

There is no telling where time is.

 

It is midsummer: the leaves hang big and still:

Behind the eye a star,

Under the silk of the wrist a sea, tell

Time is nowhere.

 

We stand; leaves have not timed the summer.

No clock now needs

Tell we have only what we remember:

Minutes uproaring with our heads

 

Like an unfortunate King's and his Queen's

When the senseless mob rules;

And quietly the trees casting their crowns

Into the pools.

SETEMBRO

Nos sentamos até tarde, assistindo a escuridão se desdobrar lentamente:

Nenhum relógio conta isso.

Quando os beijos são repetidos e os braços se abraçam

Não há como contar como o tempo é.

 

É solstício de verão: as folhas pendem grandes e paradas:

Atrás do olho uma estrela,

Sob a seda do pulso um mar, diz

Que tempo não é lugar nenhum.

 

Nós resistimos; as folhas não medem o verão.

Não precisamos de relógio agora

Contamos somente apenas o que lembramos:

Os minutos alvoroçando nossas cabeças

 

Como um infeliz rei e sua rainha

Quando a multidão sem sentido governa;

E quietamente as árvores vão despejando suas copas

Dentro das piscinas.

Ilustração; iStocks. 

 

 

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