O teu olhar me dizia o
tempo lá fora:
Era sempre tempo de ficar
em teus braços
E, em teus braços,
esquecia a hora.
Tarde lembrava, em breves
espaços,
Que, após a noite, a
manhã havia
Mas os teus braços eram
fortes laços.
E quando o sol presente
se fazia
Em raios nos lençóis
desarrumados
Para ficar – beijando –
eu te pedia.
Vinha, então, a lua
lembrar dias passados
Mostrando que o tempo era
ilusão
E a vida dos casais de
namorados
(De “Apocalypse”, Editora
Per Se, 2013)
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