Wednesday, September 01, 2021

Mais três poesias de Jorge Curinao

 

 

TAN SEPTIEMBRE

Jorge Curinao

En el puerto

Las lloviznas despiden pañuelos.

Qué fue del abandono

ahora que examinamos el fuego

pudiente

irónico.

Qué fue del fuego

acaso dos luces nomás

de tanto caminar.

No.

Nadie sabe de la muerte.

TÃO SETEMBRO

No Porto

As chuvinhas miúdas despencam lenços.

O que foi do abandono

agora que examinamos o fogo

próspero

irônico.

O que foi do fogo

talvez duas luzes não mais

de tanto caminhar.

Não.

Ninguém sabe da morte.

X

Aquel que no encontró consuelo a la orilla del mar y no

reclama fe ni esperanza, sabe que la carne es triste. Que no

hay que hablar con extraños.

 X

Aquele que não encontrou consolo na beira do mar e não

Reclama nem da  fé nem da esperança, sabe que a carne é triste. Que não

tem que falar com estranhos.

XIII

Se aprende, en el pueblito, a caminar despacio. Se aprende

a hablar con las estrellas, con los muertos. Escucha, cierra los

 

ojos. Es la piedra que puse entre tus manos.

XIII

Se aprende, com o povinho, a caminhar devagar. Se aprende

a falar com as estrelas, com os mortos. Escuta, fecha os

 

olhos. É a pedra que pus entre as tuas mãos.

Ilustração: https://www.luamaralstudio.com/


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