Sunday, August 13, 2023

E trago novamente Dylan Thomas

 


Dylan Thomas

The hand that whirls the water in the pool

Stirs the quicksand; that ropes the blowing wind

Hauls my shroud sail.

And I am dumb to tell the hanging man

How of my clay is made the hangman’s lime.

 

The lips of time leech to the fountain head;

Love drips and gathers, but the fallen blood

Shall calm her sores.

And I am dumb to tell a weather’s wind

How time has ticked a heaven round the stars.

 

And I am dumb to tell the lover’s tomb

How at my sheet goes the same crooked worm.

 

A mão que agita a água da piscina

Remexe a areia movediça; que amarra o vento que sopra

Puxa minha vela mortalha.

E eu sou burro para dizer ao homem enforcado

Como da minha argila é feita a cal do carrasco.

 

Os lábios do tempo sugam para a fonte;

O amor pinga e se acumula, mas o sangue caído

Deve acalmar suas feridas.

E eu sou burro para contar ao vento do tempo

Como o tempo marcou um céu em volta das estrelas.

 

E eu sou burro para contar ao túmulo do amante

Como no meu lençol vai o mesmo verme torto.

Ilustração: Unanimidade em Varsóvia.

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