Tuesday, August 08, 2023

Eis aqui Dylan Thomas



IN MY CRAFT OR SULLEN ART 

Dylan Thomas

In my craft or sullen art

Exercised in the still night

When only the moon rages

And the lovers lie abed

With all their griefs in their arms,

I labour by singing light

Not for ambition or bread

Or the strut and trade of charms

On the ivory stages

But for the common wages

Of their most secret heart.

 

Not for the proud man apart

From the raging moon I write

On these spindrift pages

Nor for the towering dead

With their nightingales and psalms

But for the lovers, their arms

Round the griefs of the ages,

Who pay no praise or wages

Nor heed my craft or art.

NO MEU OFÍCIO OU ARTE OBSCURA

No meu ofício ou arte obscura

Exercido na noite silenciosa

Quando somente a lua se enraivece

E os amantes deitam na cama

Com todas suas mágoas em seus braços,

Eu trabalho para cantar a luz

Não por ambição ou pão

Não por pompa e comércio de encantos

Nos palcos de marfim

Mas pelas remunerações comuns

Do seu coração mais secreto.

 

Não para orgulho do homem em pedaços

Da lua enfurecida  eu escrevo

Nestas páginas enevoadas

Nem para os mortos imponentes

Com seus rouxinóis e salmos

Mas para os amantes, seus braços

Ao redor das tristezas das eras,

Que não pagam elogios ou salários

Nem prestam atenção ao meu ofício ou arte.

Ilustração: Vadio Amor.


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