Sunday, September 19, 2010

Maria Sanz



Al filo del alba

Maria Sanz

La cal de las paredes
resbala por el aire.
El azulejo enmarca
peregrinos destellos.
Todo está en calma ahora.
Una extraña tiniebla
envuelve los perfiles
nocturnos. Cada instante
que pasa, resucita
convertido en recuerdo.

Pero toca a su fin tanta dulzura
cuando, al filo de alba,
me desatas de ti calladamente.

Na beira do amanhecer

A cal das paredes
desliza pelo ar.
os azulejos emoldurados
peregrinos se destelham.
Tudo está calmo agora.
Uma estranha escuridão
envolve os perfis
noturnos. Cada momento
que passa, ressuscita
convertido em memória.

Porém, chega a seu fim tanta doçura
quando, à beira do amanhecer
de mim te livras silenciosamente.

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