Foi um
aviso de morte a sempre-viva
Posta sobre
a mesa com capricho
Bem perto
da estampa de uma diva
Na
simplicidade parecendo um nicho.
Ao vê-la
invadiu-me a sensação
De
incerteza, vazio e abandono
Que ali
mesmo morreu-me toda ação.
Fiquei
triste como um cão sem dono.
Presságio
confirmado pelo bilhete
De tua
letra junto ao ramalhete,
Cortante
quase que uma espada.
Peguei uma
flor que trouxe teu perfume
Só não
chorei por falta de costume
E porque
sem ti não ficava mais nada.
(Do livro Apocalypse, Editora Per Se, 2013).
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