Liliana
Campazzo
Sylvia Plath
escribía un poema para el cumpleaños
decía
que no era mas que boca,
/ que su corazón un
geranio detenido
que
sé yo las cosas que decía
ella
no está acá para explicarme nada
sin
embargo
cuando
mi cabeza se metió al horno
tuve
que pedirle
un
rincón tranquilo
Ella
escribía sobre un vidrio mejor
en
su vientre un caballo
ella
paria cachorros
trazaba
mapas
comía
lámparas
podía
recordar la lengua sobre el pezón
gritaba
sylvia plath y era lengua dentro de la boca
/ de su madre
apenas
rastro de un dedo sobre una ventana empañada soy
una
araña olvidada sobre una maceta
soy
la que barre
mientras
mi perro olisquea mis plantas.
XIII
Sylvia Plath escreveu um poema para o aniversário
disse que não era nada mais que a boca,
/ que seu coração, um gerânio detido
que pouco sabia das coisas que disse
que ela não está aqui para explicar nada
sem embargo
quando minha cabeça se meteu no formo
tive que pedir-lhe
um lugar tranquilo
Ela escrevia sobre um copo melhor
no seu ventre um cavalo
ela paria cachorros
traçava mapas
comia lâmpadas
podia lembrar a língua sobre o mamilo
gritava Sylvia Plath e era a língua dentro da boca
/de sua mãe
apenas rastros de um dedo numa janela manchada sou
uma aranha esquecida sobre uma panela
sou a que varre
enquanto meu cão fareja minhas plantas.
disse que não era nada mais que a boca,
/ que seu coração, um gerânio detido
que pouco sabia das coisas que disse
que ela não está aqui para explicar nada
sem embargo
quando minha cabeça se meteu no formo
tive que pedir-lhe
um lugar tranquilo
Ela escrevia sobre um copo melhor
no seu ventre um cavalo
ela paria cachorros
traçava mapas
comia lâmpadas
podia lembrar a língua sobre o mamilo
gritava Sylvia Plath e era a língua dentro da boca
/de sua mãe
apenas rastros de um dedo numa janela manchada sou
uma aranha esquecida sobre uma panela
sou a que varre
enquanto meu cão fareja minhas plantas.
Ilustração:
http://www.thefrisky.com/
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