Nem
me lembro quando aprendi a meditar,
Devo
esclarecer para começar,
Que
devo isto a Maharishi
Mahesh Yogi,
Um mestre tocador de cítara,
Uma pessoa, certamente, rara
Que encantou até os The Beatles
E, de quebra, uma
cambada de outros biltres.
Penso que foi Maharishi
ou sua sombra era,
Numa tarde de
primavera,
Numa simples cerimônia
iniciática,
De maneira simples e prática,
Ensinou-me a sua técnica de Dhyan
Vidya,
Que numa forma de mantra yoga consistia,
Mas, nunca pequei pela fidelidade
E devo dizer que, na verdade,
Troquei o antigo mestre por Shantanand Saraswati,
Um seu discípulo que me pareceu melhor ao assistir.
Como, com o tempo, tudo vira chatice,
Um dia me deu na telha que meditar era uma tolice.
E, desde então, fiz uma prestidigitação
(Oh! Novos incultos isto não tem nada a haver com digitar)
Que foi, talvez, por inoperância, optar
E, devo ser sincero, por pura preguiça, em me deitar
Como uma nova forma de iluminação.
Se não tem dado certo, o que vale é a intenção.
Não tenho do que me queixar,
Pois, pelo menos, consegui comprovar
Que, para se ter uma vida boa, dormir muito é essencial
E que filosofia, mesmo de não fazer nada, é fundamental.
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