Thursday, March 05, 2015

Uma poesia de Gabriel Celaya


 
EN TI TERMINO                                                                                 

Gabriel Celaya

Este objeto de amor no es un objeto puro;
Es un objeto bello, y creo que eso basta.
Bellos son sus brazos, sus hombros, sus senos;
Bellos son sus ojos (¡y qué bien me mienten!)

Deseable, me engaña, o furtiva, resbala
suave, suavemente, con física dulzura,
o gravita hacia un centro más secreto que el alma;
o duele con un fuego más real que el cariño.

Si la beso, no hablo; si la toco, no creo;
Y me quedo callado mirándola muy cerca,
o me duermo en sus brazos, o me muero en su espasmo,
y en aniquilarme hallo cierto descanso.

Em ti termino

Este objeto de amor não é um objeto puro;
É um objeto belo, e creio que isto basta.
Belos são os teus braços, teus ombros, teus seios
Belos são os teus olhos (e que bem me mentem!)

Desejável, me engana, ou furtiva, resvala
suave, suavemente, com física doçura,
ou gravita até um centro mais secreto do que a alma;
ou dói com um fogo mais real que o carinho.

Se a beijo, não falo; se a toco, não creio;
E me quedo calado olhando-a de muito perto,
ou adormeço em seus braços, ou mato-me em seu espasmo,
e  em aniquilar-me estou certo de encontrar algum descanso.

Ilustração: outraspalavras.net

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