Sunday, March 22, 2015

Mais um poema de García Lorca

El poeta pide a su amor que escriba                      
Federico García Lorca
Amor de mis entrañas, viva muerte,
en vano espero tu palabra escrita
y pienso, con la flor que se marchita,
que si vivo sin mí quiero perderte.

El aire es inmortal. La piedra inerte
Ni conoce la sombra ni la evita.
Corazón interior no necesita
la miel helada que la luna vierte.

Pero yo te sufrí. Rasgué mis venas,
tigre y paloma, sobre tu cintura
en duelo de mordiscos y azucenas.

Llena, pues, de palabras mi locura
o déjame vivir en mi serena
noche del alma para siempre oscura.
O poeta pede ao seu amor que escreva
Amor de minhas entranhas, viva a morte,
Em vão espero tua palavra escrita
E penso, como já murchou a flor bonita,
Que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
Não conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
O mel gelado que a lua verte.

Porém, eu te sofri. Rasguei minhas veias,
Tigre e pomba, sobre a tua cintura
Em duelo de mordidas e açucenas.

Enche, pois, de palavras minha loucura
Ou deixa-me viver em mim serena
Noite da alma para sempre escura.


Ilustração: prescreverpoesia.blogspot.com

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