Thursday, March 19, 2015

Uma poesia de Salvador Díaz Mirón


 Salvador Díaz Mirón

Para endulzar un poco tus desvíos
Fijas en mí tu angelical mirada
Y hundes tus dedos pálidos y fríos
En mi oscura melena alborotada.

¡Pero en vano, mujer! No me consuelas.
Estamos separados por un mundo.
¿Por qué, si eres la nieve, no me hielas?
¿Por qué, si soy el fuego, no te fundo?

Tu mano espiritual y transparente,
Cuando acaricia mi cabeza esclava,
Es el copo glacial sobre el ardiente
Volcán cubierto de ceniza y lava.

Copo de neve

Para adoçar um pouco teus desvios
Fixas em mim teu angelical olhar
E fundes teus dedos pálidos e frios
Nos meus cabelos escuros a se derramar

Porém, em vão, mulher! Não me consolas.
Estamos separados por um mundo.
Por que, se és a neve não me gelas?
Por que, se sou o fogo, não te fundo?

Tua mão espiritual e transparente,
Quando acaricia minha cabeça escrava,
É um copo gelado sobre o ardente
Vulcão coberto de cinza e lava.


Ilustração: http://makesecupcakes.com/

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