Hablo
de soledades
de
un viaje jamás hecho
del
peso de dos manos
del
pan multiplicado y enterrado
no
me hace falta la ginebra
de
vez en cuando un vino
un
lugar en la noche
un
dolor reparado en los caminos
Hablo
entre espacio y letra
que
inicia una palabra
digo
lo que no dicen
y
prefiero callar los argumentos
en
la belleza de un paisaje de ramas
y
lunas perdidas entre óxidos de cinc
transparentada
por el frío
y
las nubes rosas que acompañan
la
oscuridad
hablo
y ahora
me
voy a dormir.
Falo
de solidões
De
uma viagem jamais feita
Do
peso de duas mãos
Do
pão multiplicado e enterrado
Não
me faz falta uma ginebra
De
vez em quando um vinho
Um
lugar na noite
Uma
dor reparada nos caminhos
Falo
entre o espaço e a letra
Que
inicia uma palavra
Digo
o que não dizem
E
prefiro calar os argumentos
Na
beleza de uma paisagem de ramos
E
de luas perdidas entre óxidos de zinco
Atravessada
pelo frio
E
as nuvens rosas que acompanham
A
escuridão
Falo
e agora
Vou
dormir.
Ilustração:
kristalzinhoazul.blogspot.com
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