Una medusa
Giovanna
Marmo
Le
strade si svuotano, le tane sono piene
di
lucertole, ragni e bisce. Una medusa
scura
pulsa nel cielo, la stoffa che tiene
l’universo
si spezzerà.
Costellazioni
di sedie, divani logorati
dal
tempo. Gli oggetti risaltano nel vuoto,
disegnano
atlanti immaginari.
Non
riesco a leggere i segni. Che qualcuno
mi
spieghi, mi riconduca a una forma.
Temo
di non sapere chi sia il carnefice.
E
la vittima poi, ci sta?
Baciatemi
presto,
sto
lottando contro il crepuscolo.
Posso
resistere fino a quando la luce nella casa
di
fronte si accende. Non c’è tempo,
baciatemi.
UMA ÁGUA-VIVA
As
ruas estão vazias, os buracos estão cheios
de
lagartos, aranhas e cobras. Uma água-viva
escura
pulsa no céu, o tecido que mantém
o
universo se esgarça.
Constelações
de cadeiras, sofás usados
pelo
tempo. Os objetos se destacam num vácuo,
desenho
de atlas imaginários.
Não
consigoo ler os sinais. Qualquer um
me
explique, me leve de volta a uma forma.
Temo
não saber quem é o agressor.
E,
em seguida, a vítima, não é?
Beije-me
rápido,
estou
lutando contra o anoitecer.
Posso
resistir até quando a luz na casa
da
frente se acender. Não há tempo,
me
beije.
Ilustração
pixabay.com
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