Com
um acento sibilino e áspero fui advertido
Como
se fora um pecador, um vil bandido
E
até também fui acusado de não saber nada
Numa
catilinária que disparou a madre superior
Com
raro descalabro e atitude inflamada
Que
me culpou de desejar derrubar o pilar
Único
com o qual poderia o povo contar
Ao
negar a existência de Deus. Quem você é-
Me
interpelou com furor- para acabar com a fé?
Não
se tira de ninguém a última esperança
Ainda
que não exista é melhor ao povo crer
Quando
é tudo que lhe resta, então, não vê?
Confesso
que, numa iluminação, ali eu vi
E,
logo, sem contestar dali, veloz, corri
Para
me redimir do erro e voltar para Alice.
Foi
preciso um discurso irado para perceber
Que
perder o que nos resta é pura tolice.
Perdoei,
com rapidez, tudo que ela me fez,
Pois,
afinal quem senão ela me faz, café, mingau
E,
nas noites frias, é a costelinha que me dá calor
Como
jogar tudo fora por um erro, um breve torpor?
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