Amo
a brancura translúcida de tua pele
Como
me fere
Com
a doce entrega
O
azul do bico de teus seios,
Fontes
de mel, nascedouro de prazeres,
Precipícios
de desejos insones,
Brinquedos
lúdicos de sonhos infantis.
Ainda
sinto teus beijos...
A
quentura macia de teus lábios, de tuas mãos.
Tua
boca ainda passeia no meu sono
Como
se me perseguir,
Me
cansar, me esvair
Fosse
o único intuito por ti desejado,
Como
se teu objetivo fosse apenas
Me
deixar eternamente excitado
Esperando
por um prazer provável
E
nunca provado
E
ainda guardo os ardores insaciados
Dos
desejos por tanto tempo guardados,
Que
soltos se expandiram
E
ainda estão atrás de ti
Como
fantasmas de paixão
Que
rondam a terra desconhecida
Atrás
da flor de gozo,
Tesouro
guardado entre tuas pernas,
Escondidos
campos de neves
Onde
nunca chegaram as gotas de minha língua,
Seca
ainda, chorosa, à míngua
Do
sêmen que há de brotar,
De
germinar sem fim
Do
amor que há em ti,
Que
há em mim
E
pretende te ver despida, cansada, moída,
Menina,
mulher
Exausta
de gritar, gemer, dizer
Que
ainda mais quer,
Numa
infindável festa,
Na
qual, se possível,
Se
possa até morrer
De prazer.
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