Eu
sou aquele
que,
inutilmente, procura juntar
o
tico e teco,
enquanto
voa pelos céus
de
teco-teco
fazendo
propaganda da Coca-Cola.
Eu
sou o zen,
que
passou incólume na escola
e
pretendia ser Alice Cooper
sem
morder a cobra
ou
me envenenar com a maça,
mas,
que com uma picada de seringa
jogou
fora o resto da moringa
e
o amanhã.
Eu
me casei
com
a Baby Barbie Brasil do passado
que,
por ser um exemplo de pirada,
tirava
as calcinhas sem vexame,
e
fez filhos como um enxame,
mas,
tão doce e generosa
que
não aguentou os tempos ruins
e
me deixou de herança
uma
creche
com
mais de uma centena de curumins.
Eu
sou igual ao Brasil:
uma
grande promessa
que
poderia ter tudo sido,
no
entanto, na memória
busca
em todo canto
o
momento, que não lembro,
em
que fui fodido.
Ilustração: Terra.
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