Thursday, July 05, 2018

Uma poesia de Hinojosa


La rosa de los vientos    
José María Hinojosa

Para picotear sobre mi fría palma
bajan aleteando las estrellas
y la Osa Mayor no será nunca blanca
porque ha olvidado su pasión mimética.

Han puesto colgaduras encaladas
para borrar los huecos de mis huellas,
mujeres negras que habitan mi casa.
Sólo han brotado de mi barco velas.

Mientras oteo curvos horizontes
en el balcón de escarcha tempranera,
veo llegar el humo desde Londres,
que amarillo nació en las chimeneas
y, cano ya, me llama a grandes voces
y pregunta con gesto anacoreta
por la senda que lleva al Polo Norte.

Encogiendo mis hombros hechos niebla
yo le regalo un alfabeto Morse.

A rosa dos ventos

Para beijar minha palmeira fria
baixam agitando as estrelas
e a Ursa Maior não será nunca branca
porque se esqueceu de sua paixão mimética.

Hão posto tapeçarias caiadas
para apagar os buracos em minhas trilhas,
mulheres negras que moram na minha casa.
Só hão brotado velas do meu barco.

Enquanto outros curvos horizontes
na varanda da geada precoce,
vejo chegar a fumaça de Londres
aquele amarelo nasceu nas chaminés
e, já, me chama com grandes vozes
e pergunta com um gesto de anacrônico
pelo caminho que leva ao Pólo Norte.

Encolhendo meus ombros feito nevoeiro
Eu lhe presenteio um alfabeto Morse.

Ilustração: Greenme.

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