Nem me lembrava desta poesia mais. O meu mano Roberto atribuiu somente a mim a autoria, mas, é nossa. Ele, com a sensibilidade de poeta que é, fez algumas alterações que a deixaram muito mais bonita.
"Quando
te vi em frente a mim, deliciosamente linda,
A
minh’alma, de êxtase, ficou morta
E
desta morte não despertou ainda!
Também
pudera, em teus olhos escuros tanta beleza havia,
Que
os vendo, infinitamente puros,
Julguei-os,
por instantes, obras de magia!
Por
Deus, o são!
E
juro, se preciso tanto!
Pois,
em olhos semelhantes
Por
certo hão de ter nascido o pranto
E
a inspiração dos vates!
Fiquei
olhando-te, pálido e absorto,
Contemplei
os teus cabelos lindos,
Esvoaçando
ao vento,
E
se me dado fora um pedido, antes de morto,
Eu
os queria ver,
Nem
que só por um momento!
Olhaste-me
um tanto ao quanto embaraçada
Sem
compreender, decerto, a razão do meu silêncio!
Debalde,
tentei falar-te
E
num arroubo de paixão dizer-te tudo!
Mas,
meu amor falar não pode:
Um
tímido, um tolo, um mudo!".
Ilustração:
Um Mar de Emoções-Sapo.
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